quarta-feira, 30 de março de 2011

Dúvidas de adaptação no berçário


No Berçário é frequente o aparecimento de sentimentos de culpa, insegurança, ansiedade e ciúmes pelo "abandono" do filho na escola. Se você estiver deprimida por esse sentimento procure discuti-lo com a Psicóloga da escola.
A grosso modo, até os sete meses não há apresentação de problemas de adaptação, pois o bebê não distingue, visualmente, a sua mãe de outros adultos estranhos, sugere-se dois ou três dias para adaptação da mãe. A partir dos 8 meses verifica-se o "estranhar" (nível de maturação que permite ao bebê distinguir a diferença visual entre o conhecido e o desconhecido). Nessa época a adaptação pode ficar mais difícil e levar alguns dias. Comece deixando-o no berçário no 1o. dia por uma hora, fique por perto observando a rotina, o ambiente e vá aumentando o tempo de permanência da criança progressivamente no 2o., 3o. dia e assim por diante até a criança ficar o período normal sem a sua presença.
Em caso de dúvidas quanto ao comportamento de seu filho ou quanto às condutas adotadas pela escola, procure a direção que estará à sua disposição para esclarecê-lo e ajudá-la sempre que necessário.
Débora Beni
Pedagoga

ADAPTAÇÃOOOOOO


1 - A decisão de colocar seu filho na escola deve resultar de atitude pensada, consciente e segura;
2 - A vinda da criança para a escola deve ser preparada; entretanto, evite longas explicações para ela, pois isso pode despertar suspeitas e insegurança;
3 - A separação, apesar de necessária, é um processo doloroso tanto para a criança quanto para a mãe, mas é superado em pouco tempo;
4 - Cuidados devem ser tomados nesse período de adaptação em relação a: troca recente de residência, retirada de chupeta ou fraldas, troca de mobília do quarto da criança, perda de parente próximo ou animalzinho de estimação;
5 - O choro na hora da separação é frequente e nem sempre significa que a criança não queira ficar na escola;
6 - A ausência do choro não significa que a criança não esteja sentindo a separação. Não force com violência e ansiedade a criança a ficar na escola;
7 - Evite comentários sobre a adaptação da criança em sua presença;
8 - Cabe à mãe entregar a criança ao educador, colocando-a no chão e incentivando-a a ficar na escola. Não é recomendável deixar o educador com o encargo de retirar a criança do colo da mãe;
9 - Nunca saia escondido de seu filho. Despeça-se naturalmente.
10 - A sala de atividades é um espaço que deve ser respeitado e sua presença nela, além de dificultar a compreensão da separação, fará as outras crianças cobrarem a presença de suas mães;
11 - Incentive a criança a procurar a ajuda do seu educador quando necessitar algo, para que crie laço afetivo com ele;
12 - Lembre-se que o educador atende às crianças em grupo, procurando distribuir sua atenção, igualmente, promovendo junto com a mãe a integração da criança;
13 - Se os pais confiam na escola, sentirão segurança na separação e esse sentimento será transmitido à criança, que suportará melhor a nova situação;
14 - O período de adaptação varia de criança para criança, é único e deve ser avaliado individualmente;
15 - Evite interrogatórios sobre o dia da criança na escola;
16 - Poderão ocorrer algumas regressões de comportamento durante o período de adaptação, assim como alguns sintomas psicossomáticos (febre, vômitos etc.)
17 - É comum verificar-se nessa fase uma ambivalência de sentimentos. O desejo de autonomia da criança e a necessidade de proteção ocorrem simultaneamente.
18 - Cuidado com a aparente adaptação. Os pais devem respeitar o período estabelecido pela escola.
19 - A adaptação das crianças de período integral inicialmente deve ser feita em um turno(manhã ou tarde).
No programa de adaptação a mãe pode ficar do 1o. ao 3o. dia 2hs junto no pátio e visível à entrada da sala de atividades. No 4o. dia a mãe pode se distanciar um pouco e observar de longe e no 5o. dia ausentar-se 1 hora após a entrada. Na 2a. semana o horário deverá ser normal sem a presença da mãe.
Existem crianças que já no primeiro dia se despedem da mãe e se integram com as outras crianças, neste caso não há necessidade do programa de adaptação.

Quando o mundo entra pela boca...


A FASE ORAL
(do nascimento até os 18 meses)

A fase oral tem características próprias: vai do nascimento da criança até um ano e meio de idade. Nesse período acontecem algumas coisas importantes na vida da criança e a gente precisa aprender a observar e a lidar com isso.
Mas vamos ver como se dá o desenvolvimento.
O que acontece com as crianças nos primeiros 18 meses de vida? Elas nascem completamente frágeis e em 18 meses estão falando, andando, comendo, correndo... Quer dizer que nesse curto período nós já temos uma história de vida, já vivemos e experimentamos algumas situações que serão determinantes no futuro.
Qual é a coisa mais importante da fase oral? Resposta: é o prazer oral. O ser humano, assim como todos os animais, precisa tirar prazer da vida, senão ele deixa de gostar de viver, se deprime e adoece. E como é que a gente tira prazer da vida? Usando os prazeres que o nosso organismo já tem.
Na fase oral, como o próprio nome diz, o maior prazer da criança é o prazer oral, um prazer que dura a vida toda.
CAFEZINHO - Tudo o que fazemos na vida como adultos, adolescentes ou crianças, precisa ser recheado de prazer oral. De que valem um nascimento, um batizado, um casamento, uma formatura, um negócio bem feito, sem comemoração? Uma visita sem pelo menos um cafezinho fica sem graça! Tudo o que fazemos tem que ganhar uma conotação oral, senão nós não conseguimos ter prazer.
A oralidade é um prazer fundamental da vida humana. É por isso que é difícil fazer regime e é por isso também que nós temos que estar com a boca ligada em alguma coisa: no cigarro, no chiclete, na unha, mordendo lápis ou ponto o dedo na boca... e outras coisas mais que as pessoas põem na boca. Então, a oralidade e a oralização são prazeres que duram toda a vida do ser humano.
COMIDA - Para cuidarmos bem de uma criança na fase oral, nós temos que ajudá-la a oralizar. O que a gente faz, então?
Temos recomendado aos pais que ofereçam comida ao bebê toda vez que ele chorar. Se, mesmo assim, ele continuar chorando, é preciso ver se tem alguma
outra coisa errada com ele.
Jamais marque hora para o bebê mamar: ofereça o seio ou a mamadeira na hora em que o bebê estiver com fome. Quando o bebê não estiver com fome, a gente deve dar a ele um instrumento muito importante na vida das pessoas, que é a chupeta. Até os três anos de idade, a chupeta faz parte dessa oralização. A partir do terceiro ano de vida, a própria criança vai tirar o objeto oral e substituí-lo por outras formas de oralidade, como cantar, falar, roer unha e tudo o mais.


sábado, 26 de março de 2011

ADAPTAÇÃO

O período conhecido como de adaptação da criança ao berçário é de suma importância na sua vida e merece todo cuidado da direção e da equipe de uma escola.
Ficar bem no berçário, sem chorar (nem sofrer), envolve muitos fatores e, basicamente, os sentimentos de duas pessoas: mãe e filho.
O comportamento expresso pela criança durante esse período indica o estado emocional, resultado e resultante de uma série de sentimentos desenvolvidos desde os primeiros meses de vida até o seu ingresso no berçário, sendo o produto de sua relação com a mãe, e é, simultaneamente, influenciado a partir daí pelos sentimentos desta, relacionados ao significado que possa ter para ela a separação de seu filho, com a conseqüente entrega dele a terceiros(Escola / Berçário).
É importante que a mãe tenha confiança na Escola escolhida e conte com o apoio da Equipe multiprofissional que lhe dará condições psicológicas e emocionais necessárias para que a criança se sinta segura permanecendo assim, por um certo período do dia afastada de sua mãe. Sugere-se destinar dois ou três dias para a mãe participar dos cuidados de seu filho, enquanto observa como os outras crianças são tratadas pela equipe do berçário. A criança em poucos dias sentir-se-á segura aceitando o novo ambiente e as pessoas com quem terá convívio. Caso a criança, após este período, apresente a reação incontrolável, com ansiedade e pânico a estranhos é desaconselhável deixá-la à força, devendo-se então prolongar o período de adaptação, dando tempo à criança para que a mesma possa desenvolver a confiança necessária nos adultos e no novo ambiente (desconhecido), consolidando assim, a confiança necessária em sua mãe.
Para ter certeza de que o berçário escolhido é o melhor para seu filho, comece conhecendo as escolas de educação infantil perto da sua residência ou trabalho e verifique se possuem alvará de funcionamento cedido pela prefeitura e/ou por órgão de educação de sua cidade.
A segunda etapa é a verificação dos espaços físicos da Escola, salas arejadas com grades de proteção nas janelas, áreas externas para banho de sol, portão nas escadas, extintores de incêndio, locais isolados para acomodação de butijões de gás, tomadas de luz vedadas, corrimão, banheiros adaptados para crianças, banheiros para adultos, higiene da cozinha, banheiros,sala de refeições, beleza e limpeza dos ambientes, paredes decoradas, espaços lúdicos adequados para cada faixa etária, berços para bebês, colchonetes , flores e plantas naturais. Ultimamente, muitas casas antigas estão sendo adaptadas para escolas de educação infantil. Portanto, fique atenta e observe paredes, teto e pisos. Além da parte física, deve-se observar a equipe de funcionários, apresentação, formação, e procurar marcar uma entrevista com a diretora ou coordenadora para que sejam passados a filosofia da escola, objetivos, organização, horários de funcionamento, etc.
A etapa de escolha da escola sendo superada, é chegada a hora da adaptação. A mãe tendo confiança no berçário, sentirá segurança na separação e esse sentimento será transmitido à criança, porém o período de adaptação varia de criança para criança, e deve ser avaliado individualmente.

O BERÇÁRIO

Em classes de berçário, onde estão crianças de uma faixa etária bem pequena – de 4 meses a 1 ano e meio, é comum que estes fiquem em tatames, sem um trabalho mais específico, voltado para o aprendizado sistemático.
É errado pensar que não existem formas de trabalhar com esses pequenos ou que eles devem apenas ficar num espaço com brinquedos dispostos para distraí-los.
Devemos considerar que o brincar é a atividade mais importante para o desenvolvimento infantil, mas desde que estes tenham contato direto com materiais que favoreçam o reconhecimento das diferentes sensações, cores, formas, além de conviverem com outras crianças, ampliando seu contato social com pessoas e com o mundo que a cerca.
Existe uma boa quantidade de materiais, objetos que podem ser explorados nas salas de berçário.
Podemos classificá-los de acordo com as necessidades das crianças ou de suas primeiras aprendizagens, como diferentes texturas, cores, formas, sons, tamanhos, dentre vários outros.
As professoras, juntamente com as auxiliares de sala, podem montar caixas de materiais a serem explorados pelas crianças
Para as texturas podem juntar pedaços de lixa, tecidos, algodão em bolinhas, buchas que contenham duas faces – uma áspera e outra lisa, massinha caseira, novelos de lã, etc.
Os tamanhos podem ser trabalhados com potes, latas, garrafas PET, argolas de plástico, almofadas pequenas e grandes, bolas de diversos tamanhos, blocos do tipo lego, carrinhos de diversos tamanhos, bonecas variadas e muitos outros.
Para se trabalhar cores é importante que os materiais apareçam também nas mais variadas delas, para que os alunos tenham contato com a diversidade das mesmas. Porém, nessa faixa etária o principal é trabalhar com as cores primárias – vermelho, azul e amarelo. Potes e embalagens de produtos alimentícios, como os sorvetes, são próprios para esses momentos. Os produtos de higiene e limpeza também possuem uma coloração mais forte, facilitando o trabalho e o possível entendimento das crianças.
Alguns instrumentos musicais são adequados, pois além de trabalhar os diferentes sons, incentivam a concentração dos pequenos. Chocalhos, pandeiros, tambores, podem ser feitos com materiais reciclados, diminuindo ainda os custos da instituição. Alguns apitos fazem sons de passarinhos e distraem bastante os alunos.
É importante que os materiais sejam dispostos pela sala, mas de forma classificada, onde cada dia se trabalha com um conceito, até mesmo para que as crianças tenham, a cada dia, acesso a um material diferente.
Além de deixar as crianças manuseá-los, as professoras devem mostrar as diferenças existentes entre os mesmos. Dessa forma, os conteúdos de educação infantil tornam-se adequados para um bom trabalho com bebês.
Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia
Equipe Brasil Escola
BEBES SÃO ANJOS CUJAS ASAS DIMINUEM ENQUANTO AS PERNAS CRESCEM